5/28/08

A salvação.

Acabei de receber o catálogo com looks das marcas principais do Mandinga de Moça, o evento de Moda do SEBRAE.

Muito bem feito, bem produzido e com fotos muito bonitas.

A produção e as fotos da Walda Marques conseguiram até salvar uma roupitcha da Dona Leleh. Milagres acontecem.

5/26/08

O parênteses.

Escrevo este post só pra expressar o quanto curti escrever os dois últimos textos criticando o povo.
A -DO -REI!
Queria tanto ganhar dinheiro pra dizer o que eu penso.

A moda II.

No post anterior falei das preocupações básicas que os stylists devem ter. Esse post foi provocado pelo último desfile que assisti, promovido pelo SEBRAE.

Idéia linda, louvável e cheia e boas intenções, mas os pecados que já citei devem ser corrigidos com toda a urgência possível.

É muito legal destacar o que nossa região tem de bom, mas ficar repetindo sempre a mesma coisa dá no saco. Não agüento mais Amazônia, açaí, tucupi, tacacá, carimbó e banho de cheiro. Algumas pessoas precisam se tocar e abrir a mente, já passou da hora.

Quanto aos criadores, surpresas mil, boas e ruins.

Os novos criadores, em sua grande maioria, estão no caminho certo. Pode parecer pretensão julgá-los, mas este é o MEU blog e esta nada mais é que a MINHA opinião.

Sou fã do pessoal da Caixa de Criadores, acho eles corajosos, peitudos e talentosos, com pouquíssimas exceções. Alguns deles estiveram no evento do SEBRAE e vão longe, mesmo. Vou citar os que valem a pena.

Uma salva de palmas pra Eubelém, Maria Belém, Mucha, Manufatura e Pira Cola.

E alguém faz o favor de avisar pra dona Leleh que experiência nem sempre põe mesa, e que eu tive muita vergonha alheia na hora do desfile da coleção dela. Pronto, falei!

A moda I.

Sempre me interessei por moda. Não exatamente pelo produto final, mas por todo o processo criativo das coleções. É óbvio que não são todas as marcas que possuem profissionais preocupados com o processo, a grande maioria não tem esse trabalho e se preocupa com o varejão popular.

Apesar de não ter focado meus estudos da especialização no mercado de moda, estive dois anos e meio completamente afundada no “metiê”, e aprendi muito com todos os MELHORES profissionais da área no Brasil. A faculdade era de moda e a pós idem, e apesar de sempre focar minhas pesquisas pra propaganda, acabava me envolvendo e relacionando as disciplinas, o que me fez trabalhar bastante com moda.

O processo criativo é incrível. As pesquisas, a conceituação e a tradução de tudo isso em estampas, tecidos e formas é arte pura. Mas a etapa que tive mais contato e experiência foi a de styling, que é o que mais tem a ver com a propaganda mesmo. O styling é a composição da imagem com uma finalidade específica.

Fiz essa introdução enorme pra justificar minhas colocações a seguir. Trabalhei com styling para desfile e editorial, a experiência foi pouca, mas aprendi as coisas mais básicas e indispensáveis para um styling, no mínimo, limpinho.

A idéia principal de um desfile é mostrar ao público convidado o conceito da coleção e as peças que melhor o traduzem. Qualquer coisa que desvie a atenção deste objetivo pode ter efeito imensamente negativo para a impressão do espectador, não esquecendo que ele é divulgador e consumidor em potencial. Assim sendo, QUALQUER detalhe é EXTREMAMENTE importante em um desfile, que é ao vivo, não tem photoshop nem revisor e Murphy sempre resolve aparecer.

É de suma importância que tenhamos todo o cuidado do mundo com:

  1. Peitos balançando – Invisible Bra e tops cor da pele são itens obrigatórios na maleta do produtor. Seios grandes podem ser lindos e por mais firmes que sejam balançam com o andar das moçoilas. Desvia a atenção do espectador e dá impressão de descuido. Podem apostar!
  2. Sapatos maiores ou menores que os pés da modelo – Podem botar toda a magia de um lindo look a perder. Sapatos frouxos ou apertados podem ser responsáveis por um andar diferente, manco, arrastado e nada sensual da melhor modelo do planeta. Não custa dar a elas sapatinho do tamanho certo e fazer um treino rápido na véspera. Ah, ter pares e números extras no camarim para qualquer imprevisto também é bastante prudente.
  3. Cabelo e maquiagem - São elementos fundamentais do styling. A preocupação deve triplicar se o desfile for multimarcas e o casting for único. Cabelo e maquiagem devem conversar com todos os looks que serão desfilados, para isso, bom senso, stylists, bom senso!
  4. Pontualidade – Este é o item mais difícil de todos, mas faz toda a diferença. Ponto pra marca que consegue começar seu desfile na hora marcada. Demonstra respeito e o púbico vai olhar os looks com bons olhos, com toda a certeza.
  5. Elementos sensoriais – Fazer um desfile que estimule os sentidos é uma idéia fantástica, mas é preciso ter muito cuidado com os limites, principalmente com os cheiros. O desfile pode se transformar em um desastre se o aroma for muito forte ou em excesso. Sem espirros, por favor.
  6. Casting – Mais importante que cabelo e maquiagem. O casting deve favorecer as peças que serão apresentadas. Uma modelo pode ficar um arraso com uma peça e simplesmente destruir outra. A prova de peças e definição de looks por modelo é indispensável. Mesmo.
  7. Iluminação – Faz muita diferença, é a ambientação, principalmente em um desfile sem cenografia. Mas muito cuidado pra não ferver a platéia e nem cegar o espectador no lado oposto da passarela. A idéia é iluminar e não tostar nem ofuscar.
  8. Postura – o casting deve ser orientado e treinado quanto a postura que devem adotar na passarela. É muito importante que a modelo se encaixe com perfeição no contexto do desfile. Andar como a Gisele não quer dizer nada, funciona pra ela e não funciona pra grande maioria. Cabe ao stylist orientar seus modelos e fazer da postura critério eliminatório para a seleção de casting.

Acho muito nobre e de muita importância as iniciativas para o desenvolvimento e divulgação da moda paranse. Temos gente muito boa por aqui, assim como também tem muita gente que ainda precisa comer muito feijão com arroz. E as equipes de produção estão no caminho certo, mas que tal aprender com os erros, que por sinal, vêm se repetindo há dois anos.

5/24/08

O desafio.

A Karla é uma das poucas colegas de faculdade com quem eu mantenho contato até hoje, ainda que através dos nossos blogs. Ela lê o meu e eu leio o dela.
Devo parabenizar a Karla pela inicativa de unir e divulgar os blogueiros paraenses, temos um montão de gente bacana que escreve tão bem que as vezes até fico com um pouquinho de esperança de um futuro melhor pra esse país.
Ok, exageros a parte, a iniciativa é realmente bacana. Um dos esforços para essa união é um desafio, que acabei de receber e, confesso, tive uma surpresa.
As regras do desafio:
1- Pegue o livro mais próximo, com mais de 161 páginas.
2- Abra o livro na página 161.
3- Na referida página procure a 5ª frase completa .
4- Transcreva na íntegra para o seu blog a frase encontrada.
5- Passe o desafio a cinco blogs.

Lá vai:

"Mas quando tornou a olhar a cobra na porta, repentinamente compreendeu"
(Harry Potter e o Enigma do Príncipe)

Por um momento achei minha 5ª oração da página 161 praticamente impublicável.
E não vou indicar cinco blogueiros para o desafio porque ainda conheço poucos. Fica a dica pra quem passar por aqui e tiver curiosidade de esticar o bracinho e pegar o livro mais próximo.
Será que há alguma teoria que explique a relação dessa oração especificamente com a personalidade de cada pessoa? Acho que vou aprofundar as pesquisas, afinal de contas, ainda sou uma criatura essencialmente cética.
Não acredito nas bruxas, mas que elas existem...

5/13/08

Os preás.

Minha prima tem uma turma de amigos que definiu com perfeição minha família: a família preá.
Segundo eles, nos reproduzimos em velocidade recorde. Sempre tem um bebê novinho, uma ou mais grávidas, toneladas de crianças. Já temos passe VIP nas maternidades, nasceu, tamo lá!
Costumávamos nos reunir no Natal, mas como as pessoas vão casando e formando suas próprias famílias, nossa reunião Natalina tem andado bastante desfalcada.
No último domingo, Dia das Mães, reunimos 95% da família na casa da vovó, que é a matriarca viva e não há motivo que faça com que as pessoas não continuem indo até lá nesse dia.
Sugiro que no Dia das Mães do ano que vem, a reunião da família preá aconteça no Mangueirão, aí sim, tranquilo, lugar pra todo mundo sentar, campinho pras 923 crianças baterem uma bolinha, podemos assistir os vídeos de reuniões antigas no telão... Fantástico!
Local da próxima reunião da família

Neste ano, alguém teve a brilhante idéia de fazer um painel com a nossa árvore genealógica, cada um era representado por uma maçã. Se fôssemos usar maçãs de verdade, precisaríamos importar toda a produção mensal da Argentina, o que causaria um forte abalo na já frágil economia daquele país. Portanto, acho melhor que façamos só um painel pra colocar na parede mesmo, o grande problema é o tamanho da parede, mas por enquanto não vou me preocupar com isso, caso falte espaço, usamos a muralha da China e fica tudo certo.

Paredinha ideal para o painel da árvore genealógica

Enquanto o próximo Dia das Mães não chega, vamos nos encontrando esporádicamente, em núcleos pra não parecer arrastão, relembrando fatos engraçados, tirando onda com a cara dos que não estão presentes e conhecendo novos membros da família.

Parte dos integrantes mais jovens da família preá.
A expectativa é que a foto do próximo ano precise ser feita com lente panorâmica, em duas partes.

5/9/08

Os gastos maternos.

Somando os gastos com a graduação e a especialização, levando em consideração só as mensalidades, contabilizei um investimento médio de R$36.600.
Se estivesse contando com transporte, material escolar, livros técnicos e o sustento durante os dois anos e meio estudando em São Paulo, este valor provavelmente triplicaria.
Todas as minhas despesas sempre foram bancadas exclusivamente pela minha mãe. Apesar de parecer muito dinheiro nunca fui uma filha cara, sempre tive noção das nossas possibilidades.
Essa conta idiota me veio a cabeça quando tava escrevendo o post anterior e resolvi tentar encaixar todas as despesas que dei pra minha mãe no meu orçamento atual. Humanamente impossível!
Mais uma vez percebo que a Dona Nazaré entrou muitas vezes na fila do bom senso (e esqueceu de ficar mais um pouquinho na fila dos centímetros né, mamãe?) e decidiu que eu seria filha única. Sábia decisão, baixinha.
Aproveito esse balanço financeiro e profissional pra dizer Feliz Dia das Mães pra ela, que eu amo tanto que nem cabe dentro de mim, porque eu sou pequenina como ela.

O trabalho

Sou publicitária de formação, fiz faculdade particular e concluí no tempo regulamentar de 4 anos.
Sou especialista em Criação de Imagem e Styling, escolhi o curso pela grade curricular, concluí o curso no tempo regulamentar de 1 ano e meio, mais 6 meses para entrega e apresentação da monografia.
Sempre curti comunicação,
branding, construção de imagem, posicionamento de marca e blá blá blá. Por isso, sempre me preocupei muito em entrar no mercado de trabalho na minha área de formação e não ter um diploma só pra garantir uma cela especial caso eu cometa algum crime, o que, por enquanto, não tenho nenhuma intenção.
Imagino que seria muito frustante ter estudado apaixonadamente durante vários anos da minha vida e ter que trabalhar com algo que não tivesse absolutamente nada a ver com todo o conhecimento que eu adquiri (sim, eu adquiri conhecimentos, não exatamente através da faculdade, e sim porque sempre fui interessada e corri atrás).
Vários colegas de faculdade seguiram rumos diferentes, viraram empresários, atendentes de telemarketing, vendedores de loja, surfistas ou hippies. Tenho certeza absoluta que todos eles ganham mais do que eu no final do mês.
Dentro da comunicação já fiz de várias coisas um pouco, o que acho ótimo pra decidir com propriedade qual área realmente quero trabalhar. Na faculdade estagiei em assessoria de comunicação e detestei, pior começo impossível. Passei pra direção de arte mas percebi que não consigo criar sob pressão. Opção descartada, criação e direção de arte só como hobby. Durante a especialização fiz vários trabalhos de produção, achei apaixonante, mas também percebi que precisava escolher entre viver ou trabalhar com produção, preferi viver.
Quando já tinha plena noção do funcionamento das coisas, percebi que a minha praia mesmo era o planejamento, pensar estrategicamente, analisar fatores, elaborar projetos... Lindo! Melhor do que isso só se pudesse ganhar dinheiro pra ser estudante a vida inteira.
Resolvido, quero ser
planner! Uhu! E agora? Agora que em Belém não há NENHUMA agência de propaganda que tenha departamento de planejamento, quem planeja é o pobre do atendimento, que tem que se virar pra assobiar, chupar cana, aturar cliente, acompanhar o processo inteiro e, principalmente, ser babá da criação. Ok, desafio aceito.
Descobri no atendimento a forma de trabalhar com um pouco de tudo que eu gosto, o que me deixa muito satisfeita porque posso planejar. Faço toda a minha parte bem direitinho, agora só me falta uma criação que cumpra prazos e clientes que façam o que eu recomendo, sem engavetar meus planejamentos e continuar jogando seu dinheiro no lixo.
É isso aí, a decisão foi minha, achava que podia ser muito feliz fazendo o que gosto. Mas como nem tudo cai do céu, precisei desenvolver habilidades complementares. Aprendi a engolir sapo, mentir prazos, inventar desculpas, ser simpática e sorridente em horário comercial, chorar descontos, defender o indefensável e continuar gostando da propaganda apesar de tudo isso.

5/6/08

A mudança.

Ah! Cansei de escrever na terceira pessoa. Na verdade comecei a achar uma chatice, brega demais!
Vou esquecer a terceira pessoa e escrever sem precisar ficar me policiando.
Primeira pessoa já! Eu, eu , eu, eu, eu e meus posts egocêntricos.
E três vivas ao umbiguismo!

OS CARAS.

Estou encantada com a desenvoltura dos caras do CQC. Para quem não conhece, trata-se da versão brasileira do original argentino Caiga Quien Caiga, que em português, para manter a sigla CQC, se transformou em Custe o Que Custar.
Comandado pelo fantástico Marcelo Tas (parte da minha infância como o Professor Tibúrcio do Rá-Tim-Bum), o programa vai ao ar toda segunda, a partir das 22h15, não sei se acontece só aqui em Belém, mas tem começado bem mais tarde do que isso.
Dividindo a bancada dos apresentadores com Tas, brilham Rafinha Bastos e Marco Luque. Já as matérias são conduzidas com maestria por Danilo Gentili, Oscar Filho, Rafael Cortez e Felipe Andreoli.
Depois que assisti o primeiro programa, meio sem querer, zapeando na TV, virei fã e fui atrás de tudo sobre o programa e os caras, que até então só conhecia o Tas.
Descobri que pensamento rápido, saídas inteligentes e bem humoradas são resultado de profissionais muito gabaritados e experientes no cenário da stand-up comedy do Brasil.
Descobri que Marco Luque faz a Terça Insana, que eu adorava assistir em São Paulo, e é criador de personagens clássicos como o Silas Simplesmente. Na bancada do CQC faz comentários engraçados e recheados do mais delicioso humor pastelão.
Ainda na bancada Rafinha Bastos é articulado e eloqüente, sempre tem algo a dizer. Também está a frente do quadro Proteste Já!, que denuncia irregularidades de qualquer natureza. Faz parte do Clube da Comédia e viaja o Brasil com seu espetáculo solo “Arte do Insulto” (em Belém 18 dia maio do teatro da Estação das Docas).
Também do Clube da Comédia, Danilo Gentili nasceu pra fazer rir. Sem um pingo de vergonha interpreta o repórter inexperiente. Nas reportagens de rua, se faz de bobo e tem um quê de Mr. Bean. Danilo tem expressões hilárias.
Rafael Cortez é o galã, com um repertório cultural fabuloso, está sempre nos eventos badalados e interpela famosos com uma combinação impagável de sarcasmo e elegância. O currículo do Rafael é o mais impressionante de todos, é exímio violonista, além de ator profissional, circula com toda propriedade pela arte, da popular a erudita.
Felipe Andreoli tem bagagem de jornalismo e repertório excepcional, tem sacadas ultra-inteligentes, educação e bom humor pra dar e vender.
Oscar Filho também vem da escola da stand-up comedy, é muito bom nisso e divide os palcos paulistanos com Rafinha Bastos, Danilo Gentili e Marcelo Mansfield nos espetáculos do Clube da Comédia. Faz matérias externas.
Marcelo Tas dispensa apresentações e comanda com muita generosidade os mais jovens, que expressam em seus blogs a surpresa com a repercussão do programa. O CQC me faz ter esperança em uma nova era da TV aberta no Brasil.

Atenção emissoras, a Band saiu na frente!

Serviço:

Danilo Gentili

Site: http://www.danilogentili.com/

Blog: http://danilogentili.zip.net/

Rafinha Bastos

Site: http://www.rafinhabastos.com.br/

Blog: http://www.rafinhabastos.com.br/blog/

Rafael Cortez

Blog: http://rafael.cortez.zip.net/

Marcelo Tas

Site e Blog: http://www2.uol.com.br/marcelotas/