5/14/06

Ela vai voltar.


Ela mora em outra cidade há dois anos e meio, há uma semana resolveu voltar pra casa depois de algum tempo de indecisão, de dúvidas sobre se deveria ficar, estudar e trabalhar na megalópole ou se deveria voltar pra casa, levar um a vida calma e normal e estar sempre perto de todos que ela amava. A decisão de voltar pra casa a deixou mais leve.
Segundo domingo de maio é comemorado o Dia das Mães. Ok, um domingo é sempre um domingo, nada fazia deste, especificamente, diferente pra ela, somente a lembrança de que todos estariam reunidos na casa de um dos membros de sua família gigantesca, traduzindo em números, mais de noventa por cento de todas as pessoas que ela mais ama no mundo. Hummmm, ótima razão pra voltar!
O tal Dia das Mães. A reunião de família faria diferença, sim. Mas só. Ela estava desempregada, qualquer presente que ela comprasse com o cartão de crédito seria praticamente um auto-presente-surpresa para sua mãe. Um presente seria legal, um cartão também; mas o melhor presente de todos seria estar do lado, não no segundo domingo de maio de todos os anos, mas em todos os dias de todos os anos, inclusive os domingos, afinal de contas foi da mãe que ela mais sentiu saudade durante os dois anos e meio em que esteve morando fora. Agora ela está tranqüila. Ligou pra casa, desejou feliz dia das mães, desligou o telefone e não ficou se lamentando por não estar lá. Pela primeira vez em dois anos e meio ela não lamentou. Ficou feliz com a possibilidade de nunca mais estar distante nos dias especiais, e mais do que nos especiais, ficou feliz com a possibilidade de estar lá, todos o dias, morando de novo debaixo das asas da mãe que, diz a ela duvidar de vez em quando, é e sempre será a pessoa mais importante de sua vida.

1 comment:

Anonymous said...

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